segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Aventura do P. nas inundações em Lisboa – I parte

Publicada por Gang

(contado na primeira pessoa)

 

No sábado fui lavar a mota de manhã, ao terreno. Depois de almoço disse:

- Ah e tal vou para casa.

Bem, passei a ponte 25 de Abril e estava um sol espectacular, um calorzinho.

Estava muito bem na minha vidinha quando começo a reparar que o pessoal todo me fazia sinais de luzes.

Não liguei. Olhei para Lisboa e o céu estava escuro.

Continuei sem ligar

Acabei de passar a ponte quando começou a pingar e eu cá para mim:

Fo**-*e estive a lavar a mota e agora está a chover. Bem…

…entro no eixo norte- sul estou perto de Campolide, aquilo tem uma ponte,

debaixo dessa ponte estava uma moça de mota tb.

Eu pensei que ela não tivesse protecção e que estivesse às espera que a chuva parasse.

E o Je a 140 estás a ver.

Assim que passo a ponte começa a chover torrencialmente, chovia tanto que deixei de ver.

Água pelo meio das rodas, a mota toda de lado e eu só pensava “ É desta que vais ò charco rapaz”, lá aguentei. Cada vez chovia mais e a água cada vez a subir mais.

Conclusão: Antes da saída para Sete Rios a água já me chegava aos joelhos , os carros todos parados e eu a andar… até que a água entrou pelo tubo de escape a mota apagou-se.

- Tou fod***- disse eu. Parecia um submarino.

Mas a experiência não acaba aqui, o P. não faz as coisas por menos.

A mota parada e eu com água por todos os lados pensei:

“ Eu não vou ficar aqui”. Comecei a empurrar a mota para a saída de Sete Rios.

AINDA FOI PIOR.

O pessoal do stand da Mercedes saía pela janela, água preta por todo lado e o P. lembrou-se de procurar abrigo debaixo da ponte.

Só que eu acho que chovia mais debaixo da ponte do que na rua.

Fiquei ali uns dez minutos, até que, de repente, vejo um táxi aventurar-se na estrada da Luz.

primeiro com água pelas rodas, depois as tampas das sarjetas começaram a saltar.

Olha só queria que vissem. Em menos de 20 segundos o táxi desapareceu.

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